Referenciais para atividades de Percepção Intervalar

Quando estudamos a percepção da relação intervalar entre as notas musicais, uma das estratégias a qual podemos recorrer é a utilização de canções que tenham em sua estrutura/melodia a “colocação” bem definida de determinados intervalos como notas de repouso, notas alvo e, por vezes, porém não constantemente, notas de passagem (quando essas mais duradouras).

Uma vantagem na utilização da canção é que a letra da mesma acaba sendo a referência mais objetiva e facilitadora para tal proposta, pois, se não temos ainda a interiorização dos fundamentos, a ideia ou proposta silábica expõe a relação intervalar de maneira mais direta, bastando ao estudante de Música apenas correlaciona-la à teoria nela contida.

Talvez uma das dificuldades em trabalhar apenas com canções é que determinados intervalos – de maneira generalizada, quanto mais comerciais as músicas - são menos utilizados na elaboração das mesmas por motivos diversos que aqui - apesar de citações no decorrer do Curso de Música - não serão discutidos (porém serão amplamente discutidos em momentos oportunos e direcionados), salvo exceções, onde a utilização de tais serve – por vezes, magistralmente – como uma “cor a mais” na pintura sonora do background musical ou mesmo uma força de expressão, de sentimento, de caráter, de ação (vide o modalismo grego*, a teoria/doutrina dos afetos barroca, bem como a produção audiovisual, a exemplo). Em complemento, na Música - seja essa estritamente ou parcialmente - Instrumental, esses intervalos “menos comuns” são mais extensivamente utilizados, por motivos diversos que também serão discutidos em momentos oportunos e direcionados (para citar exemplos: através da audição, da análise histórica e técnica, da discussão e posterior argumentação).

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