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Dica - Relações Simétricas Entre Tonalidades e Utilização da Penta m7

Atualizado: 24 de set. de 2020

Fala!

Alguns, ao aprender a penta m7 - que por vezes é uma das primeiras informações que adquirem - simplesmente não sabem onde utiliza-las. Os mesmos também não entendem a questão da relação tonal das mesmas, o porque de utiliza-las em certos pontos. Enfim, algo simples acaba ficando um pouco confuso!

Vou passar aqui uma dica funcional com a pentatônica m7, a utilizando para uma pré-definição tonal de uma música ou trecho muscal, além de opções de pentas m7 a serem utilizadas na tonalidade. Utilizo o termo pré-definição pois há musicas que não mantém a mesma tonalidade em sua estrutura, mas a dica se aplica a essas mudanças. Com essa ideias conseguiremos predefinir quais pentas podemos utilizar com mais segurança e em quais tonalidades as mesmas facilmente se aplicam.

A ideia é utilizar a tríade menor que encontramos dentro do famigerado primeiro shape da penta m7. Logo, para utilizarmos a ideia precisamos conhecer:

1) As notas no braço do instrumento:

Na guitarra 6 cordas, por exemplo, conhecer apenas as notas nas duas ultimas cordas já é o "suficiente".

2) O famigerado primeiro shape da penta m7:

Padrão e Digitação

Considerando a digitação padrão - 1, 2, 3, 4 - relativos aos dedos e espaçamento das casas, faremos o seguinte:

- Para o dedo 1 na 6ª corda consideraremos a tonalidade menor / relativa menor (Azul)

- Para o dedo 4 na 6ª corda consideraremos a tonalidade maior / relativa maior (Vermelho)

- Para o dedo 3 na 5ª corda consideraremos a tonalidade da anti-relativa / relativa secundária (Amarelo)

3) Ter a tonalidade maior ou menor da música:

Trabalharemos a abertura de idéias e a já citada pré-definição tonal utilizando a informação, visto que grande parte das músicas - principalmente se tratando de internet - já lhe dão a tonalidade maior ou menor da mesma.

Então vamos lá, a sua utilização:

- Exemplo 1: Imagine uma música em que a tonalidade predominante é Bm. Para descobrir a tonalidade maior basta apenas levar o dedo 1 na nota B. O dedo 4 será o dedo da tonalidade maior, que no caso será a nota D. Logo, se temos uma música onde a tonalidade é Bm, podemos dizer que a música está na tonalidade também de D. Ou seja, tonalidades relativas.

- Exemplo 2: Imagine uma música em que a tonalidade predominante é C. Para descobrir a tonalidade menor basta apenas levar o dedo 4 na nota C. O dedo 1 será o dedo da tonalidade menor, que no caso será a nota A. Logo, se temos uma música onde a tonalidade é C, podemos dizer que a música está na tonalidade também de Am. Ou seja, tonalidades relativas.

Legal, agora que as tonalidades estão predefinidas, vamos as pentatônicas m7 que são "seguras" para a brincadeira, haha!

As pentas que se encaixam - ao meu modo de ver - com maior segurança em uma musica tonal são as pentas m7 da tonalidade menor e a penta m7 da anti-relativa/relativa secundária. Logo, utilizando os exemplos acima:

- Exemplo 1: Tendo o Bm/D como tonalidade, podemos utilizar a penta de Bm7 (tonalidade menor, dedo 1) e a penta de F#m7 (anti-relativa, dedo 3).

- Exemplo 2: Tendo o C/Am como tonalidade, podemos utilizar a penta de Am7 (tonalidade menor, dedo 1) e a penta de Em7 (anti-relativa, dedo 3).

Observe que grande parte dos pentatoniqueiros utilizam esse artifício, mesmo que inconscientemente. Com bom senso, uma boa biblioteca de licks e boas idéias, você facilmente "convencerá" muitos ouvintes!!!

Dadas essa informações, coloco aqui uma tabela final:

Considero "Improvisação Direta" a ideia mais rápida e simples para pensar

Há muitas opções a serem abertas sobre essa ideia com a penta m7. Há idéias funcionais para os mais devidos fins, que trazem um maior rendimento ao estudo a abre o leque de possibilidades sonoras possíveis. Podemos por exemplo, ainda pensando na pré-definição tonal, trabalhar com relação/combinação da qualidade dos acordes! Para abrir mais os horizontes, nada como um bom professor XD! Há um mundo a se explorar exponenciar!


Espero que isso seja útil na sua vida musical. Espero também que o texto tenha sido claro. Falar diretamente com o aluno, em aula é mais fácil e direto, além de uma maior abrangência do assunto hehe!!!


E, sobre pentas, lembre-se da minha masterclass "Quem tem penta vai a Atenas". E, sobre um mais amplo desenvolvimento harmônico, melódico, (...), 'bora estudar!


Acho que é isso!!

[ ]'s!


 
 
 

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Rafael Borba - Músico/Educador/Compositor/Arranjador             

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