Bossa em 5
- Rafael Borba

- 12 de out. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de mai.
Eae!
Aqui, apresentarei uma ideia de condução de uma Bossa Nova em 5. Mais que considerar como Bossa, aqui, referencialmente, temos o Jequibau, ritmo criado por Mário Albanese junto ao maestro Ciro Pereira na década de 60.
O Jequibau parece Bossa Nova, mas, não é! Utilizei o termo Bossa como um referencial mais conhecido, porém, apesar das semelhanças, alguns aspectos técnicos têm contrastes quando dada a comparação.
Uma questão importante sobre essa condução é fazer com que ela não seja ou aparente uma soma, como, a exemplo, em “Take Five”, de Paul Desmond, onde há a percepção divisiva do 3+2, mas fazer com que a mesma seja mais constante. Bom, vamos lá!
Inicialmente, apresento a clave utilizada:

Agora, o padrão inicial da condução (exemplo no acorde Amaj7):

E, uma variação, considerando a condução em dois compassos (exemplo no acorde Amaj7):

Agora, que tal adicionar a ideia em seu repertório? No vídeo-exemplo, utilizo a rítmica na canção Garota de Ipanema (ou, Ga-Garota de I-Ipanema? Haha!). Perceba que não há uma sensação da métrica ímpar! É muito interessante quando toco canções sobretudo do repertório da Bossa Nova e o acompanhante – solista ou cantor – não entende o porquê de não conseguir encaixar a melodia... até o momento em que eu cito que “está em 5”! Evidentemente, a individualidade, o conhecimento adquirido pode tendencialmente gerar percepções divisivas, porém isso se dá geralmente de uma forma analítica. O vídeo:
Logo, após a harmonia, que tal adequar a melodia das composições presentes em seu repertório ou mesmo compor utilizando essa ideia rítmica?
Ah! O material aqui tem caráter didático, logo, mais variações, direcionamento em performance, (...) também são campos a explorar!
Basicamente, é isso! E, ‘bora estudar!
[ ]'s!





Comentários